O governo do presidente Donald Trump voltou a mirar Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nessa quinta-feira (24). A nova investida partiu do subsecretário para Diplomacia Pública, Darren Beattie, que utilizou seu perfil na plataforma X (antigo Twitter) para afirmar que Moraes é o “coração pulsante” da perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O ministro Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, o que, por sua vez, tem restringido a liberdade de expressão nos EUA. Graças à liderança do Presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências”, escreveu Beattie. A declaração foi posteriormente compartilhada pelos perfis oficiais da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
O posicionamento ocorre em meio a um movimento coordenado por aliados de Bolsonaro em território norte-americano, que pressionam por punições contra Moraes, incluindo sanções financeiras com base na Lei Magnitsky — legislação adotada na era Obama que permite ao governo dos EUA aplicar sanções unilaterais a estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações graves de direitos humanos.
O comentário de Beattie veio após uma publicação feita na semana anterior por Marco Rubio, atual secretário do Departamento de Estado — cargo equivalente ao de ministro das Relações Exteriores no Brasil.
Rubio anunciou a revogação imediata dos vistos de entrada nos EUA para Moraes, seus familiares e outros integrantes do Supremo. “Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos, imediatamente”, declarou.
Segundo Rubio, o STF conduz uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, violando liberdades fundamentais de cidadãos brasileiros e norte-americanos. Ele ainda destacou que Trump já havia se comprometido a adotar medidas contra agentes estrangeiros envolvidos em atos de censura.