
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que o presidente americano deveria “pensar um pouco sobre o histórico de direitos humanos de seu país”. Presidente dos EUA, Joe Biden, conversa com funcionários e imprensa no jardim da Casa Branca após sair de isolamento por causa da Covid-19
REUTERS/Jonathan Ernst
O Irã denunciou nesta terça-feira (4) a “hipocrisia” do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que prometeu novas sanções contra Teerã após a repressão dos protestos no país.
Uma onda de protestos afeta o Irã desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi detida pela polícia dos costumes de Teerã por supostamente violar o código de vestimenta que obriga as mulheres a usar o véu (hijab).
Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também policiais, morreram nos protestos, que as autoridades iranianas chamam de “distúrbios”. Centenas foram detidas.
“Teria sido melhor se Joe Biden pensassem um pouco sobre o histórico de direitos humanos de seu país antes de falar sobre a situação humanitária (no Irã), embora a hipocrisia não exija uma reflexão profunda”, afirmou no Instagram o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Nasser Kanani.
Protestos tomam conta das ruas de Teerã, no Irã
WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
“O presidente americano deveria estar preocupado com as (consequências das) inúmeras sanções… contra a nação iraniana, que representam claramente um exemplo de crime contra a humanidade”, disse.
Joe Biden anunciou na segunda-feira que Washington vai impor mais sanções ao Irã nesta semana em resposta à violenta repressão a “manifestantes pacíficos” no país.
“Os Estados Unidos estão com as mulheres iranianas e todos os cidadãos iranianos que inspiram o mundo com sua coragem”, afirmou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, embarca no Air Force One com destino a Nova York, para a Assembleia Geral da ONU
REUTERS/Leah Millis
Biden não revelou indícios do tipo de medida que considera impor para punir Teerã.
O Irã já está sob sanções econômicas dos Estados Unidos devido em parte ao seu controverso programa nuclear.
Teerã insiste que este programa tem finalidades civis, mas a comunidade internacional suspeita que visa a construção de uma arma atômica.
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