Votação para a presidência da Câmara dos Deputados é secreta, o que abre espaço para traições entre as legendas
Entre a última segunda-feira (28) e esta quarta-feira (30), seis partidos já oficializaram apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados. Juntas, as bancadas somam 312 congressistas.
No entanto, a formalização de apoio não garante que todos os deputados seguirão a orientação dos partidos. Isso ocorre porque a votação para a presidência da Casa é secreta, o que abre espaço para traições.
Para ser eleito, o candidato precisa dos votos de ao menos 257 deputados. A votação é registrada em cabines eletrônicas nos plenários.
Motta já conta com o apoio dos seguintes partidos:
PL: 92 deputados;
PT: 68 deputados;
PP: 50 deputados;
Republicanos: 44 deputados;
MDB: 44 deputados;
Podemos: 14 deputados.
Se não houver traições dentro dos partidos que declararam apoio, Motta terá votos suficientes para ganhar a disputa. O principal adversário do paraibano é Elmar Nascimento (União-BA), que se uniu ao líder do PSD, Antônio Brito (BA), para lançar uma chapa única entre as duas siglas.
Alguns partidos ainda não declararam oficialmente qual candidato apoiarão na disputa:
PDT,
Novo,
PSOL,
Rede,
PSB,
PCdoB,
PV,
Solidariedade,
Avante,
PSDB-Cidadania,
e PRD.
As eleições para a presidência da Casa ocorrem em fevereiro de 2025. O mandato do futuro chefe da Câmara terá duração de dois anos.
Candidato de Lira
Motta é o candidato apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que oficializou o endosso ao deputado na terça-feira (29). Na avaliação de Lira, o paraibano é o “nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”.
A candidatura de Motta foi viabilizada pela desistência de Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, que ensaiava concorrer ao cargo mas desistiu da disputa para dar lugar a Motta. Nas últimas semanas, Hugo Motta se reuniu com diversas bancadas em busca de apoio na campanha à presidência da Câmara.
Fonte: CNN Brasil