Em 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de ucranianos morreram no “Holodomor”, quando Stalin lançou uma campanha de “coletivização” forçada pela qual apreendeu plantações de grãos. Bandeiras da Ucrânia
Vasily Fedosenko/Reuters
A Ucrânia recebeu promessas de apoio neste sábado (26), no 90º aniversário do “Holodomor”, a fome deliberadamente causada pelo regime stalinista na década de 1930 e que, desde a invasão russa, ganhou uma nova dimensão.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, garantiu que seu povo resistirá aos ataques russos, que causam cortes maciços de eletricidade e água, justamente quando o frio do inverno está chegando.
“Os ucranianos viveram coisas realmente terríveis. E apesar disso, eles preservaram a capacidade de não obedecer e seu amor pela liberdade. No passado, eles queriam nos destruir com a fome, hoje com escuridão e frio”, disse o presidente em uma declaração de vídeo no Telegram. “Não podemos nos abalar”, afirmou.
Em 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de ucranianos morreram no “Holodomor”, quando Stalin lançou uma campanha de “coletivização” forçada pela qual apreendeu plantações de grãos e outros produtos alimentícios e deixou milhões de pessoas em estado de fome.
A Ucrânia considera esses eventos como “genocídio”. A Rússia alega que a fome não foi uma política deliberada e que os ucranianos não foram suas únicas vítimas.
Vários líderes europeus estiveram presentes no sábado na capital ucraniana, Kiev, para as cerimônias do “Holodomor”.
Segundo a imprensa polonesa e lituana, os primeiros-ministros destes países próximos e aliados de Kiev, Mateusz Morawiecki e Ingrida Simonyte, estão na capital ucraniana e vão participar em várias reuniões, provavelmente sobre uma nova onda de refugiados ucranianos que se dirigem para a Europa este inverno.
O serviço de guarda de fronteira ucraniano confirmou que Morawiecki “visitou Kiev e honrou a memória das vítimas do Holodomor”.
O primeiro-ministro belga Alexander De Croo também esteve em Kiev, sua primeira visita desde o início da invasão russa. Segundo a agência belga, fornecerá apoio financeiro adicional de 37,4 milhões de euros (38,9 milhões de dólares) para a Ucrânia.
O chefe de governo alemão Olaf Scholz anunciou em um vídeo uma ajuda extra de 10 milhões de euros (10,4 milhões de dólares) para apoiar as exportações de grãos ucranianas atingidas pela guerra. O Parlamento alemão decidiu na sexta-feira definir o “Holodomor” como “genocídio”.
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