Uma revisão do ambiente profissional neste ano feita por administradores externos e especialistas em psicologia concluiu que havia mal-estar e práticas de gerenciamento ruim na sede da entidade. Papa Francisco no Vaticano em julho de 2022
Remo Casilli/Reuters
O papa Francisco demitiu nesta terça-feira (22) todos os chefes do braço filantrópico da Igreja Católica Romana, após acusações de bullying e humilhação de funcionários, e indicou um comissário para dirigir a organização.
A medida surpreendente envolveu executivos da Caritas Internationalis (CI), uma confederação sediada no Vaticano de 162 organizações católicas de auxílio e serviços sociais que trabalha em mais de 200 países.
As demissões no nível executivo da CI, que tem mais de um milhão de funcionários e voluntários por todo o mundo, foram anunciadas em um decreto papal publicado pelo gabinete de Imprensa do Vaticano.
Uma nota separada do departamento de Desenvolvimento do Vaticano, que supervisiona a CI, disse que uma revisão do ambiente profissional neste ano feita por administradores externos e especialistas em psicologia concluiu que havia mal-estar e práticas de gerenciamento ruim na sede da entidade.
Funcionários antigos e atuais disseram à Reuters que casos de abuso verbal, favorecimento e má administração em recursos humanos levaram alguns membros da equipe a deixarem o trabalho. A CI tem sede em um prédio de propriedade do Vaticano em Roma.
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“Nenhuma evidência surgiu sobre má gestão financeira ou impropriedade sexual, mas outros temas importantes e áreas de atenção urgente emergiram do trabalho do comitê”, afirmou a nota do gabinete de desenvolvimento.
“Deficiências reais foram apontadas em administração e procedimentos, prejudicando gravemente o trabalho de equipe e moral da equipe”, diz o comunicado.
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