A Petrobras decidiu nesta quinta-feira (3) antecipar o pagamento de distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos a seus acionistas. A decisão irritou o futuro governo Lula (PT), que começou a organizar a transição nesta semana.
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No ano, a antecipação de distribuição de dividendos já atinge R$ 180 bilhões, bem acima dos R$ 101 bilhões distribuídos em todo o ano passado.
Os R$ 43,7 bilhões devem ser distribuídos em dezembro e janeiro, como uma antecipação do resultado do terceiro trimestre da companhia.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou a decisão da empresa e disse que ela visa pagar parte da gastança eleitoral do governo neste ano eleitoral.
“Isso é uma irresponsabilidade com a empresa e com o país. É a farra do [ministro da Economia] Paulo Guedes, para cobrir os gastos eleitorais do governo Bolsonaro”, afirmou a presidente do PT, que integra a equipe de transição.
Dos R$ 43,7 bilhões, cerca de R$ 22 bilhões devem ir para o Tesouro Nacional. Alguns membros do Conselho de Administração foram contra essa antecipação – atribuíram a decisão a uma busca de cobrir os gastos do governo para tentar reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Integrantes da estatal acusam ainda a estatal, comandada por Caio Paes de Andrade, de segurar o aumento dos combustíveis durante o período eleitoral para não prejudicar o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo eles, a Petrobras já teria de aumentar o preço da gasolina e do diesel desde o início do segundo turno, mas decidiu segurar o reajuste por uma questão política.
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