O resultado, estimulado pelos preços da energia e dos alimentos, é o mais elevado da série histórica, iniciada em janeiro de 1997. Planta de gás em Eiterfeld, na Alemanha, um dos países que lidera plano de racionamento de gás na Europa para fazer frente aos cortes da Rússia.
Michael Probst/ Associated Press
A taxa de inflação da zona do euro bateu um novo recorde histórico ao registrar 10% em ritmo anual em setembro, estimulada pelos preços da energia e dos alimentos, anunciou nesta sexta-feira (30) a agência europeia de estatísticas, Eurostat.
A variação do índice de preços ao consumidor alcançou 9,1% em agosto para os 19 países que utilizam a moeda única. O resultado de 10% registrado em setembro é o mais elevado da série histórica, iniciada em janeiro de 1997.
No início de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) acelerou a intensificação de sua política monetária com o aumento de 0,75 ponto percentual nas taxas básicas de juros, justamente para tentar controlar a inflação.
Durante oito anos, as taxas de depósito permaneceram em terreno negativo, uma situação excepcional, que pretendia estimular os bancos da zona do euro a destinar sua liquidez para projetos produtivos em vez de retê-la nos cofres do BCE.
Porém, a crise energética, agravada de forma dramática pela guerra na Ucrânia, e seus efeitos para a segurança alimentar continuaram a pressionar os preços ao consumidor. E a inflação persiste em alta.
De acordo com a Eurostat, em setembro o setor de energia registrou alta de 40,8%, enquanto no mês anterior o aumento no setor foi de 38,6%, principal vetor da inflação geral.
O setor de alimentos (medido em conjunto com álcool e tabaco) registrou um reajuste de 11,8% em setembro, contra o avanço de 10,6% em agosto.
Das principais economias europeias, a Alemanha teve inflação de 10,9% em setembro, contra 6,2% na França, 9,5% na França e 9,3% na Espanha, de acordo com a Eurostat.
– Desemprego -A agência de estatísticas também divulgou os dados do desemprego para agosto, com uma taxa de 6,6% na zona do euro, o mínimo histórico.
O índice representa a menor taxa de desemprego no bloco na série histórica, iniciada em abril de 1998.
Para o conjunto da União Europeia (incluindo os países que não utilizam a moeda comum), a taxa de desemprego também permaneceu em seu mínimo histórico em agosto, a 6%.
De acordo com a Eurostat, 12,92 milhões de homens e mulheres estavam desempregados na UE em agosto, sendo 10,97 milhões nos 19 países que compartilham a moeda única.
O desemprego chegou a 7,3% na França, contra 3% na Alemanha. Os menores índices foram registrados na República Tcheca (2,4%) e Polônia (2,6%).
No outro extremo, as maiores taxas de desemprego foram registradas na Espanha (12,4%) e Grécia (12,2%).

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