Josep Borrell diz que continente pode ser alternativa à crise de alimentos gerada pela guerra na Ucrânia, um dos maiores produtores de grãos do mundo. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, em Bruxelas, na Bélgica.
Yves Herman via Reuters
A América Latina, um dos principais celeiros do mundo, pode “alimentar mais gente”, diante da situação criada pela invasão russa à Ucrânia, afirmou o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
Com a guerra na Ucrânia tendo causado “ondas de choque nos preços dos alimentos e da energia, a América Latina pode alimentar mais pessoas, pode continuar a produzir mais alimentos e também fornecer energia, e nós (europeus) podemos fornecer tecnologia e capital”, declarou Borrell.
A Argentina, em particular, fornece uma série de bens “muito importantes para a Europa e para o mundo, e pode fazer ainda mais”, principalmente em matéria de “bens agroalimentares, com sua superfície e a sua enorme capacidade de produção”, acrescentou o alto representante.
Borrell enfatizou a importância de a Europa trabalhar lado a lado com a América Latina: “Muitos problemas podemos resolver melhor juntos”, assinalou, durante entrevista coletiva no Palacio San Martín, sede protocolar da chancelaria argentina.
“A China é o principal parceiro comercial de todos os países latino-americanos, mas nós (UE) investimos mais”, defendeu o alto representante, frente ao poder comercial chinês.
Borrell também mencionou as negociações de um Acordo de Livre-Comércio entre o Mercosul e a UE. Ambos devem empreender um esforço conjunto “até o fim do ano” para concluir o acordo, “de importância estratégica. Os problemas que ainda persistem dever ser identificados.”
O funcionário espanhol lidera a delegação de chanceleres da UE que irá se reunir na próxima quinta-feira na capital argentina com seus pares da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
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